Manutenção

Por um melhor badalar

Existente desde 1870 e refundido em 1988, sino da Catedral São Francisco de Paula passa por reparos até sábado

Gabriel Huth -

Um personagem pelotense, dos mais emblemáticos e antigos, precisou de reparos esta semana. Iniciou-se terça-feira e vai até amanhã a manutenção de um dos dois centenários sinos da Catedral Metropolitana de São Francisco de Paula. É um processo minucioso e que conta com cinco trabalhadores, guindaste e certa dose de coragem para encarar a altura.

A dupla que atualmente faz parte da casa católica tem diferentes datas. O primeiro, menor, foi fundido em 1896 e é oriundo de Rio Grande. O maior, que pesa 1,2 mil quilos e tem mais detalhes no acabamento, foi produzido em 1870 em Varsóvia, capital da Polônia. Em 1988 ele foi refundido e é o principal responsável pelas badaladas que fazem parte do imaginário pelotense - e foi ele quem precisou passar pelas melhorias.

O padre Luiz Boari, dono das palavras de conforto da Catedral, explica que os sinos, em geral, têm papel importante no catolicismo. "Existe algo para além do chamamento para as missas. Ele proclama a certeza de que Deus está nos escutando. É uma comunicação antropológica do ser humano e eles se confundem com a história das igrejas." Na Catedral, eles tocam diariamente duas vezes: uma ao meio-dia e outra às 18h. No fim de semana, trabalham mais: são programados para o horário das missas: às 9h, às 10h30min, às 19h e às 20h.

Processo
E, como todo equipamento tão utilizado assim, precisa de manutenção constante. A última tinha sido há três anos e, agora, novamente foi necessário. O motivo, aponta o engenheiro Marco Kaiser, são as rachaduras que começaram a aparecer com a ação do tempo.

Além disso, está sendo feita a substituição dos cabeçotes do motor, processo que faz parte dos reparos no sistema de automoção. Ele é responsável pelo balançar, que dura em média dois segundos, sem que seja necessário uma pessoa fazê-lo. "Colocamos uma inteligência artificial para que ele funcione de forma mais otimizada", diz ele que faz parte da porto-alegrense Beatek, referência nacional no ramo de reparos em sinos e grandes relógios.

Entre os principais trabalhos da empresa está o relógio mais alto em torre de igreja no Brasil. Na ocasião, foram instalados quatro relógios de quatro metros e meio na Concatedral Diocesana Nossa Senhora da Glória, em Francisco Beltrão, no Paraná. A torre possui 100 metros e o ponteiro maior tem dois metros de altura e pesa 30 quilos. Está no currículo da Beatek também a construção do maior relógio do Brasil, localizado em Palmas, no Tocantins.

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